Sedentarismo O sedentarismo já é considerado a doença do próximo milênio. Na verdade trata-se de um comportamento induzido por hábitos decorrentes dos confortos da vida moderna. Com a evolução da tecnologia e a tendência cada vez maior de substituição das atividades ocupacionais que demandam gasto energético por facilidades automatizadas, o ser humano adota cada vez mais a lei do menor esforço reduzindo assim o consumo energético de seu corpo. O que é o sedentarismo? Quais são as conseqüências do sedentarismo? Quais as doenças associadas à vida sedentária? Como deixar de ser sedentário? Quais são as alternativas às atividades físicas esportivas? Quais são as contra-indicações para fazer exercícios? Quais são as recomendações básicas para fazer exercícios com segurança? Praticando exercícios com maior segurança e efetividade Bibliografia Temas Relacionados O que é o sedentarismo? O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais. Segundo um trabalho realizado com ex-alunos da Universidade de Harvard, o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas. Quais são as conseqüências do sedentarismo? A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física entram em um processo de regressão funcional, caracterizando, no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofia das fibras musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos. Quais as doenças associadas à vida sedentária? O sedentarismo é a principal causa do aumento da incidência de várias doenças. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, infarto do miocárdio são alguns dos exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças. Como deixar de ser sedentário? Para atingir o mínimo de atividade física semanal, existem várias propostas que podem ser adotadas de acordo com as possibilidades ou conveniências de cada um:
A vida nos grandes centros urbanos com a sua automatização progressiva, além de induzir o indivíduo a gastar menos energia, geralmente impõe grandes dificuldades para ele encontrar tempo e locais disponíveis para a prática das atividades físicas espontâneas. A própria falta de segurança urbana acaba sendo um obstáculo para quem pretende fazer atividades físicas. Diante dessas limitações, tornar-se ativo pode ser uma tarefa mais difícil, porém não de todo impossível. As alternativas disponíveis muitas vezes estão ao alcance do cidadão porém passam desapercebidas. Aumentar o gasto calórico semanal pode se tornar possível, simplesmente reagindo aos confortos da vida moderna. Subir 2 ou 3 andares de escada ao chegar em casa ou no trabalho, dispensar o interfone e o controle remoto, estacionar o automóvel intencionalmente num local mais distante, dispensar a escada rolante no shopping-center, são algumas alternativas que podem compor uma mudança de hábitos. Segundo trabalhos científicos recentes, praticar atividades físicas por um período mínimo de 30 minutos diariamente, contínuos ou acumulados, é a dose suficiente para prevenir doenças e melhorar a qualidade de vida. Quais são as contra-indicações para fazer exercícios? A liberação plena para a prática de atividades físicas, particularmente as atividades competitivas e de maior intensidade, deve partir do médico. Nesses casos, um exame médico e eventualmente um teste ergométrico podem e devem ser recomendados. Indivíduos portadores de hipertensão, diabetes, coronariopatias, doenças vasculares etc. devem ser adequadamente avaliados pelo clínico não somente quanto à liberação para a prática de exercícios, como também quanto à indicação do exercício adequado como parte do tratamento da doença. Quando se trata de praticar exercícios moderados como a caminhada, raramente existirá uma contra-indicação médica, com exceção de casos de limitação funcional grave. Quais são as recomendações básicas para fazer exercícios com segurança? A principal recomendação é seguir o bom senso e praticar exercícios como um hábito de vida e não como quem toma um remédio amargo. A principal orientação é fazer exercícios com prazer, sentindo bem-estar antes, durante e principalmente depois da atividade física. Qualquer desconforto sentido durante ou depois de exercícios deve ser adequadamente avaliado por um profissional da especialidade. O exercício não precisa e não deve ser exaustivo se o propósito for a saúde. Praticando exercícios com maior segurança e efetividade:
Bibliografia: Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 3ª ed. Lea & Febiger, USA, 1986. McArdle, W.D.; Katch, F.I.; Katch, V. Fisiologia do Exercício, Energia , Nutrição e Desempenho Humano. - 3ª edição. Guanabara Koogan, 1998. Nabil Ghorayeb & Turibio Barros - O exercício - Preparação Fisiológica, Avaliação Médica - Aspéctos Especiais e Preventinos. -1ª edição. Editora Atheneu, São Paulo, Brasil, 1999. Turibio Leite de Barros Neto - Exercício, Saúde e Desempenho Físico. - 1ª edição. Editora Atheneu, São Paulo, Brasil, 1997. Temas Relacionados: Hipertensão Arterial - Dr. Celso Ferreira Aterosclerose - Dr. Marcelo Chiara Bertolami Obesidade - Dr. Alfredo Halpern Embolia Arterial Aguda - Dr. Adamastor Humberto Pereira e Dr. Marco Aurélio Grudtner |
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
SEMPRE É BOM ESTUDAR BEM O ASSUNTO !!!
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